terça-feira, 19 de junho de 2012

O aforismo da pornografia (texto)




Quem há de condenar algum tipo de pornografia? Pórnos é uma instituição tão antiga quanto à humanidade o é. O conjunto completo de “perversões” que fogem do campo do inteligível ao consciente coletivo é tachado de “pornografia”. Mas o que é o “campo do inteligível”? E o que o “consciente coletivo” tem a ver comigo ou contigo? Claro que para uma pessoa que não pratica sexo com mais de uma pessoa por vez, a idéia de menáges à trois (e bacanais, surubas e afins) pode parecer inconcebível. Sexo oral – prática sexual normalíssima, quase que obrigatória – para algumas pessoas é uma prática disgusting. Em sexo sou alguma coisa liberal e heterodoxo. Não sou “full”  em safadeza, mas sei ser tolerável ao aceitar que existem pessoas que gostam de urinar ou defecar em seus parceiros. Pessoas que gostam de apanhar, bater, deixar-se humilhar etc. Não sou eu quem vai dizer se isso ou aquilo é prática considerada fora dos padrões psicológicos não-doentios, afinal fetiche não se explica, executa-se. Vou imprimir minha opinião sobre uma prática que considero abominável: pedofilia e sexo com pessoas não-dotadas de livre arbítrio. O resto, de zoofilia a necrofilia, é permitido desde que você, leitor zoófilo ou necrófilo, não venha a foder meu cachorro ou meu cu post mortem.

 O aforismo, ei-lo: no amor e no sexo vale tudo.