Quem há de condenar algum tipo de pornografia? Pórnos é uma instituição tão antiga quanto à humanidade o é. O
conjunto completo de “perversões” que fogem do campo do inteligível ao
consciente coletivo é tachado de “pornografia”. Mas o que é o “campo do
inteligível”? E o que o “consciente coletivo” tem a ver comigo ou contigo?
Claro que para uma pessoa que não pratica sexo com mais de uma pessoa por vez,
a idéia de menáges à trois (e
bacanais, surubas e afins) pode parecer inconcebível. Sexo oral – prática
sexual normalíssima, quase que obrigatória – para algumas pessoas é uma prática
disgusting. Em sexo sou alguma coisa
liberal e heterodoxo. Não sou “full” em
safadeza, mas sei ser tolerável ao aceitar que existem pessoas que gostam de
urinar ou defecar em seus parceiros. Pessoas que gostam de apanhar, bater,
deixar-se humilhar etc. Não sou eu quem vai dizer se isso ou aquilo é prática
considerada fora dos padrões psicológicos não-doentios, afinal fetiche não se explica,
executa-se. Vou imprimir minha opinião sobre uma prática que considero
abominável: pedofilia e sexo com pessoas não-dotadas de livre arbítrio. O
resto, de zoofilia a necrofilia, é permitido desde que você, leitor zoófilo ou
necrófilo, não venha a foder meu cachorro ou meu cu post mortem.
O aforismo, ei-lo: no amor e no
sexo vale tudo.