sábado, 4 de janeiro de 2014

Louco, eu? (poesia)





Bebendo nas águas da nosologia poética de Agilberto Calaça, O Maluco
atrevo-me a escrever esse poema mal traçado sobre um dos temas
que mais me apraz:
Loucura.


Ergo um brinde a Machado de Assis, que escreveu sobre Simão Bacamarte,
talvez o homem-quintessência dos loucos,
e a Arthur Bispo do Rosário, que viveu e morreu como louco.
Brindo e finco a questão: o que é ser louco?


Não acredito na psicologia, psiquiatria e outras ciências que prescrevam psicotrópicos
para tratar loucos.
O louco nada mais é o que você queria ser: livre e desprendido de paradigmas, que
enclausuram as pessoas ditas normais em caixas pré-fabricadas.


Pessoas normais como eu e você. “Pessoas na sala de jantar” nunca.