Em literatura e na poesia, principalmente, o clichê funciona como um terápico do mal
Quebranto que se usa para destroçar a rima safada (que para leigos é algo de belo) em poeirinha
Se você vir a ler algo parecido com “a vida diante dos olhos” etc.
Saiba que isto não é novidade alguma
E talvez remonte dos tempos imemoriais dos Árcades
Mas o destino, muito filho da puta, prega peças
E um dia eu tava abrigado da torrente que submerge Manaus
Tava até confortável se me rindo dos pedestres incautos que se aventuravam debaixo do toró
Quilos de guarda-chuvas desfilavam para cá e lá entrecobrindo o rosto dos que os empunhava
Quando por alguns segundos tive bela visão morena
Esguia, mas com uma postura e andares majestosos, caminhava plácida
Poderia acabar aqui essa poesia, mas a alma não deixa
A alma burra não enxerga o clichê:
Tesões senti por cada fio de cabelo molhado da chuva
Que no rosto dela pendiam
1.500.000 tesões
... tesão a prova de água....
ResponderExcluirÉgua doido! Achava que escrevias mais... procurava por Maldito-o-seja, e nao encontrava mais... Perdão pelo abuso, é que eu gosto muito dos teus textos! =]
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