Aqui tenho uma fábula sem moral. O legal dessa estória é que o leitor pode dar, seguindo seus sentidos multi-interpretativos, o tom que ele quiser à moral. Sem mais delongas, ei-la:
No alto sertão Nordestino, idos dos anos vintes do século XX, um homem estava sem ter uma mulher para si há quase um ano. O homem estava na maior secura. Eis que no afã de ele tentar encontrar uma mulher o coitado, frustrado por seus respectivos insucessos, vê um jegue ao pé de um cercado. Ele vê o jegue até jeitosinho e sem aquele pudor zoólogo, decide ir foder o cu do animal. O rapaz olha prum lado e pro outro se certificando que não há viva alma a passar por ali, baixa suas calças, levanta o rabo do jegue e empurra o pau com toda a força no bichinho. O jegue que não é bobo, quando sente a metade do pau entrar em seu cu, trava-o com toda a força e prende o rapaz afoito grudado aos quartos do animal. Começou o vai-não-vai e a agonia do homem querendo se desvencilhar do rabo asinal. Eis que o cara pensou: se o jegue aliviar o cu eu tiro meu pau daqui. Mas ao mesmo tempo o animal pensava: se eu aliviar o rabo ele arrocha o resto do pau dentro de mim. Eis que temos o impasse criado. O impasse do jegue onde fez-se um jogo psicológico no qual nenhuma das partes, a fodida e a fodedora, quiseram render-se. E dizem que o rapaz viveu o resto da sua vida preso ao cu do jegue.
Isso me lembra algum texto do "Maldito-o-seja". Tô errada? Um beijo meu poeta lindo.
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