A
pele da cabocla parece um cupuaçu maduro de tão morena
Fruta
respingada de orvalho leve
Gotas
que se desfazem ao toque da mão sobre seus pelinhos
O
sabor e o olor da pele dela devem ser uma maravilha
E
quedo-me salivando imaginando as sensações
Que
minha boca, lábios e língua
Provocariam
sobre sua tez
Das
palmas das mãos aos mamilos
Do
seu pescoço encharcado de suor aos seus lábios pequenos fumegantes
Úmidas
mucosas com sabor do vinho do araçá
Toda
a pele dela quer um macho a lamber-lhe, chupar-lhe, morder-lhe
Num
átimo nossos olhares se cruzaram e ela abriu um sorriso
Sorriso
de dentes acavalados
Medonhos
E
eu, nesse mesmo átimo, pensei: “o ônibus dela podia chegar agora”
Eis que Deus atendeu
minha vã prece
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