terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Boa Noite (poesia)


D-Aletrina para os carapanãs
E, é claro, para mim
A fumacinha que da espiral sai e contagia todo o ambiente
Faz-me lembrar dos tempos imemoriais
Em que se podia fumar gostosamente em locais fechados


Numa noite insone eu observei a queima completa
De um Sentinela®
E vos digo que isso é O verdadeiro exercício de paciência
A combustão é lenta demais
A fumaça não produz denso fogg
E a porra dos mosquitos ficam fazendo pouco caso
Da piretrina que empesteia seu lençol com um mau cheiro
Mas não manda os Aedes aegypti para a puta que os pariu


Por mais “inodora” que seja a fórmula anunciada pelo fabricante
Preferi as espirais verdes para combater as muriçocas do meu quitenete
Por dois motivos: 
1) lembrança da minha infância 
2) analogia com nossa vida: nós vivemos nos queimando para dar um alento para os outros e no final das contas acabamos arriados no chão como pó e cinzas

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