segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Poeira no violão (poesia)


Olho pro canto empoeirado do meu quarto e vejo o violão parado.
Fazem uns seis meses.
Não consigo tirar alma daquele monte de madeira morta.
No máximo faço uns plic, plic, plics quando bato nas cordas.
Prefiro o som retumbante de uma lágrima espoucando no chão
ao esganiçar do boçal si bemol com sexta que tento reproduzir naquela bossinha safada.


Daí vi que tinham duas baratinhas a morar na caixa do bendito violão.
    - pra vocês verem o quanto eu o uso -

Decidi fazer um favor para a zoologia e outro para a humanidade: não matarei as baratinhas. E não mais tentarei tocar um bourrée sequer.
Vamos fazer assim: deixar o violão para quem sabe dele.


As baratinhas suspiraram um “ufa”.


5 comentários:

  1. Sid tb tenho lembranças de 1 violão. Gostava tanto dele q o vendí p/ curtir 1 Reveillon. Tenho a certeza q não teria pena das baratas.

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  2. Tu perdestes um instrumento, elas ganharam uma morada!

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  3. Só espero que essa dupla não vire sertaneja. Abrs Sid

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  4. Hahahaha.. pânico de barata!! Sou a favor do violão, mas gostei da história.. elas me pareceram até mais simpáticas.
    ;D

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  5. Elas são abusadas neh?! ahahah
    Belo!

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