quinta-feira, 10 de março de 2011

Punheta para Nabokov (conto)


A cara icônica da Hello Kitty estampada como pequenos micro-adesivos sobre suas unhas denunciava que ela tinha pouca idade: no máximo 16 anos. Mas quem quiser se iludir que se iluda. Dora era uma mulher já feita e esculpida desde que fizera 14 anos. Ela agora tem 15. Mas quando falo em mulher esculpida me refiro ao corpo somente, pois a cabeça de qualquer pessoa aos 15 anos não passa de uma gigantesca folha A4 em branco.


Seios, bunda e pernas capazes de saciar muitos homens. Ah, Dora que povoa nossos sonhos. Dora que lembrava Dinaura, lacônica personagem do Milton Hatoum: um fantasma fortuito que me assombrou por dois minutos num ponto de ônibus e agora reverbera em meus sonhos mais profundos. Doce cunhatã que na sua fase pueril já encanta todos os homens do mundo. Mas que sabemos todos que aos 30, desprovida de inteligência e de cremes e pós para a pele, não encantará mais ninguém.


Pedofilia é ato e fato. Imaginar-me fartando-me nos seios de Dora, afundando minha língua entre seus lábios, estocando minha espada de esperma e sangue nela por inteira não é pecado, pois não há ação. Há intenção apenas. Intenso desejo que nutro por ela, imaginando seu corpo todo durinho, mas cheio da brasa que queima e faísca ao mínimo toque, à passada da ponta ríspida da minha língua no bico dos seus seios, ao arfar da minha respiração curta e entrecortada bem no meio das suas pernas.


Depois dessa cavalar dose de tesão já penso em quão úmida deva estar Dora. Pronta para mim como se fala “venha me fazer mulher”. E o ardor que sinto quando aos poucos vou comprimindo-lhe os lábios pequenos e grandes com minha vara é indescritível. Mas sinto que não encontrei nenhuma barreira na penetração. E ela fala “ops, acho que foi da vez com Carlos que perdi a inocência”. Pensei “grande putinha, hein”. Ela pareceu advinhar meus pensamentos e começou a afundar-se de forma completa em mim. Em ritmantes vais e vens gozamos juntos.


Desejar uma menina (com pouca idade, mas mulher) é símbolo de intolerância na nossa sociedade ocidental. Por isso que eu gosto do Russo que deliciou a mente dos cidadãos enrustidos que desejam as Doras dos pontos de ônibus, que as fodem com o conscentimento safado dessas mesmas meninas nada pudicas e se deliciam em masturbações por quem eles não podem foder. Eis que passado o curto espaço de tempo que se decorreu de quando eu vi a plácida Dora esperando seu ônibus chegar, despi-me dos preceitos e preconceitos de nossa sociedade, refujiei-me em meu mais sórdido íntimo e em nada pueris punhetas, sentado à privada do meu banheiro, tornei a menina em mulher, mandei ela esquecer o tal Carlos, fodi-a de tudo que era jeito e maneira e por fim, regozijado, esporrei em sua boca inundada de saliva. No fim de tudo, abraçamo-nos e eu lhe disse “te amo”.

3 comentários:

  1. Lembrei do Maldito-o-seja. To errada?
    Agora, Dr Bigode é otemo! hahaha
    Lindo texto Seu Bigode.
    Beijo Sid.

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  2. Sid Mercury, texto inspirador, a Dora já está nos meus pensamentos tb. RSRSRS
    PS: Porra no final faltou um beijinho depois do te amo! kkkk.

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