segunda-feira, 28 de março de 2011

Tetas balançantes (poesia)


Quão difícil será poetar nessas pobres linhas a partir de um título desses?
Que se poetem sobre amores, paixões, ódios, invejas ou ciúmes. Mas para se poetar sobre tetinhas (e balançantes ainda!) tem que se ter muito tino e cuidado.


Aliás, tetas é substantivo para o uso de mamíferos quadrúpedes. Refiro-me aos seios não mais pueris, pós-ninfetal. Seios de mulheres já formadas. E que ao sabor de uma corridinha leve e descompromissada tremelicam sob a blusa folgada e embalam os sonhos mais sórdidos da minha boca chupando-os.


Voltemos à dificuldade poética de se arcabouçar um poema a partir de um título pasteurizado como esse meu: Bukowski conseguiria, acho eu, fazer desse um belo poema. Já Rimbaud, não, por pura exacerbância de um espírito religioso em voga na época que não deixaria nem os leitores mais sacanas lerem tal tipo de escrito apócrifo.


Antes de chupá-los, bolina-se-os. E num gostoso vai e vem com as mãos se sente a textuta delicada dos mamilos e da auréola. A essa altura já estou a imaginar o formato dos seus seios trepidando sobre o tecido de sua veste, subindo e descendo. Mas firmes e rijos tal como a temperância do orgulho de Santiago de O Velho e o Mar. Bólidos que eu já imagino açambarcando meu pênis.


E a dificuldade continua. Vou largar de mão esse título imbecil e tentar algo mais pornograficamente vendável. E eu penso nos poetas que ficaram ricos com poesias: nenhum. E eu me volto à sórdida ideia de construir nas entrelinhas da minha mente e de meu coração, o poema sobre as tetinhas balançantes. Ops... tarde demais. Em minhas elucubrações eu acabei de gozar no queixo dela ao final de uma espanhola

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