segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

F com C (conto)


Lascivo. Essa sim é a melhor palavra para descrever aquele corpo branquinho de leite e que me deixava teso do pau assim que eu botara meus olhos sobre seus seios, nádegas e cabelos. Foder C era imperativo, pois meu e nossos corpos pediam isso há muito. Quantas vezes esporrei-me em rios de gala em dirty chats?; quantas vezes quedei-me de pica duríssima em público tendo que disfarçar a ereção com uma cruzada de pernas só por imaginar meter na sua boca úmida de saliva meu pau vergado?; quantas, quantas vezes não imaginei o sabor da boca e da buceta de C? Muitas, nobre leitor, muitas. Eu era o desejo, o tesão e o sexo em seu estado mais puro e animalesco. C também gostava e se deliciava por mim à distância. Quando nos encontramos ao vivo, um abraço prolongado. Papo vai e vem e um beijo gostoso para experimentar o sabor da boca dela e antevendo os sabores que iria experimentar logo mais. Não mais aguentando-nos de desejos rumamos para um motel.... chegando lá entre despir-se e cairmos no fellatio e no cunilungus foi um passo natural, quase que realizado pro instinto de C querer experimentar meu pau na sua boca e de eu querer experimentar sua buceta úmida e exsudante em mim.


Sexo não tem muito mistério. Há um repertório de atos e coisas quase que como uma peça de música erudita. Andantte, Largo e Molto Vivace. Assim mesmo: um movimento rápido, outro melancólico e o final com alguma rapidez. E voilá. Eis sexo bem feito, consumando as carnes de desejos e tesões. Mas com C o repertório musical não foi seguido (pois rompemos com a escola romântica e abandonamos os movimentos melancólicos) e o sexo com ela ficará imprinting para sempre no meu cérebro. Não foram necessárias horas de fodas homéricas, mas o simples desejo de nos querermos já se nos abastecia. Digamos que tivemos uma transa (no plural, pois foram mais de uma por noite em mais de uma noite) idílica e onírica. Das descritivas só usarei parte delas para deixar o leitor curioso. Sou um exibicionista declarado e compartilhar parte dessas sensações me rendem um prazer deliciosamente sacana.


A maioria dos homens devia deixar de viadagem e entender que prazer anal não é coisa de bicha. Homem macho, heterossexual, também sente sensações deliciosas pelo cu. E uma das melhores senti com C foi quando ela chafurdou sua língua no meio da minha bunda. C disse ser inexperiente nessa seara anal. Mas ela não ficou devendo nada às línguas mais afoitas que já experimentei. Ela me pôs de bruços e eu de pronto empinei minha bunda como que se pedindo língua. Ela percorreu a linha do meu corpo que vai da minha nuca até o início do rego causando-me arrepios e contorções gostosas. “Caralho da mulher gostosa em cima de mim”, pensava comigo mesmo. Se pau tivesse ela poderia me foder o cu sem problemas. Mas ela não o tinha, mas sim uma língua... e meu cu estava totalmente aberto ao bel prazer de C. Eu quase não emito gemidos quando fodo. Mas não pude repreender meus desejos e urrei de prazer quando ela chupou-me lá atrás. (Vivace).


Uma cicatrizinha pode ter múltiplas lembranças: desafeto, vingança, ódio. Mas a pequeníssima cicatriz no joelho de C marcará para sempre aquele noite de prazeres entre eu e ela. Explicarei tudo. Gozei. Depois de um tempo me recuperando, esperando o pau ficar duro novamente, comecei a fazer cócegas na barriga de C. E eu ficava extasiado, olhando bobo para as risadas e gargalhadas dela. E pensando o quanto sou feliz por ter tido uma mulher como ela comigo, compartilhando intimidades e corpos nus e sêmen e saliva. Depois das cócegas e dos devaneios e nada do pau reagir. Eis que C, num rompante, diz que quer ir para a banheira de hidromassagem. Concordei de imediato. Abrimos as torneiras e fizemos da espera para que a banheira ficasse cheia um delicioso momento de compartilhar da visão dos nossos corpos nus. Banheira cheia. Entramos abraçados. E não sei que magia que a água morna operou, mas meu pau ficou duro com uma tora novamente. E me sentei na beirada da banheira e C entendeu meu gesto e no outro segundo ela estava abocanhando-me pela pica. Sensação mais gostosa estava por vir quando ela me pediu num sussuro: “bate punheta na minha boca”. Peguei do meu pau e num ritmado e delicioso vai e vém com as mãos masturbei-me na boca dela, inundada de saliva, encharcando meu pau e babujando-me. Logo depois eu ia meter nela, na banheira mesmo. Mas foi quando C ia ficar sobre seus joelhos e ela se machucou num dos bicos injetores de ar que produzem as borbulhas para massagear. Feriu o joelho, num cortinho muito pequeno, mas suficiente para sangrar e suficiente para abortarmos a ideia da foda na hidromassagem. (Molto vivace).


Na outra noite em que fodemos desbragadamente como dois loucos um pelo outro, o êxtase se me veio numa gozada onde esporrei toda minha gala na boca de C. Um pouco antes eu estava me fartando oralmente da buceta de C e num gesto trepei-me de joelhos sobre o busto dela. A semiótica no sexo é muito lógica e meu gesto foi muito bem entendido por ela que segundos depois ritmava uma chupada deliciosa em mim, alternando a boca na cabeça do meu pau, nas minhas bolas ou correndo a língua pelo corpo da minha pica. E eu puxava com uma delicadeza bruta pelos cabelos dela, empurrando sua cabeça e boca contra meu pau, como se estivesse fodendo-a como se quem fode uma buceta. E às vezes trocávamos olhares e num gestual eu nada precisava dizer o quanto aquilo estava gostoso. Sentir a língua e a saliva úmidas e quentes de C envolvendo-me o caralho era mais que delícia. E eis que senti a porra toda vindo e fiz menção de retirar da boca de C para evitar o fatídico gozo bucal. E ela entendeu minha e nossas vontades, principalmente as dela. E ela agarrou na minha bunda e fez uma leve pressão que entendi assim: “não tire o pau daqui e goze na minha boca”. Gozei. E foi muita gala. E C ia recebendo cada jato do meu gozo na sua boca e golfando parte do sêmen para fora. Parte de mim ia escorrendo para seus seios, parte para seu pescoço, cabelos.... E eis que ela me pergunta se eu tinha gostado. E eu beijei sua boca com toda minha língua compartilhando com ela a última parte da minha gozada, quando senti o gosto mezo salobro do meu próprio sêmen. E terminamos a noite com um beijinho de despedida impregnado de gosto de querer mais. (Vivace com gozo muitissimo).

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